31/12/2009

Chuva


Chuva que lavas os meus passos 
deixando este caminho sem impressões:
molha o meu rosto cansado,
vai nua a minha alma.
Chuva que vens 
até mim 
quase como mãe: 
abraça-me com força 
beija-me a frente 
diz-me que  não são lágrimas,
não te quero ver chorar...
sento-me e espero,
amanhecer de Sois  
em recosto de Luas cheias.
Chuva traz-me um mundo novo,
purifica o meu corpo,
limpa a minha alma...
para poder gritar ao velho mundo,
com palavras de sabedoria,
o que vejo e não via,
o que ouvia e não queria dizer...
o que sentia 
e tinha medo de viver....

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