21/02/2010

Chuva Azul... Tarde negra

 Tardes negras de chuva azul... 
desde quando? 
até quando?
Mas sabes talvez que quer dizer quando? 
Impotência ofuscante, 
enredo que engole a mente, 
borrão negro que me escurece até o respirar.
E a chuva 
que repica sobre os telhados 
perturbando o seu tom ancestral, 
velho.
Velha, 
amargura tão velha que me chega fundo,
na profundeza da minha alma
que me transborda, 
nos transborda 
e me anula... 
até não sermos mais nós novamente.
que sozinha,
cais tu... azul,
em tardes negras ... 
as tuas lágrimas chuva. 
O meu corpo é amargura, 
vadia dissolução de carne e forma, 
ossos quase só de luz 
agonizante que gritam somente: 
Amargura, amargura!

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