Ás vezes receio, receio que a vida se me acabe antes de eu acabar de vive-la. Outras vezes, receio que que a vida se me acabe antes de eu acabar. Outras vezes ainda, receio que a vida se acabe. Finalmente, vezes há em que apenas receio a vida.
Inicialmente, a vida não me receou. Já por outras vezes, não receou a vida que me acabasse. Vezes houve em que a vida não receou acabamentos. E acabar nunca foi coisa de que a vida tivesse receio.
Acabar receios, enfim, é conforme a vida. Viver conforme, enfim, é conforme a vida. Viver conforme, enfim, é um não mais acabar. O que não acaba, é o receio. Ou receio eu que não acabe. Que acabe antes de ser, finalmente, depois. Depois não é coisa que acabe antes.
Se lembrasse antes, o depois, de ser o que depois é, não haveria, depois, razão a recear antes. Entre antes e depois , o durante é de recear. Tudo é sempre durante. O receio vem de tanto antes vivido tão depois. E de o depois se parecer tanto com o antes e os durantes.
Eu e a minha vida somos coisas diferentes. Julgo que nos receamos um ao outro. Quando a receio, fico em casa. Ela aproveita sempre para sair sozinha a rua. Ou nem sempre , mas também não quase nunca. Saio as vezes dela para estar sozinho comigo, ficando ela em casa receando talvez que eu não volte. Talvez não é de certo.
Por exemplo , um dia de muita chuva. Muita chuva é ela a minha vida. Vivo dia e dia pensando no Sol.
Quando a minha vida me traz um dia de Sol, desato eu a chover. Nem sempre , mas muitas vezes. Tem acontecido antes as vezes bastantes para que aconteça depois. Amanha e ontem.
Hoje NÃO . RECEIO QUE NÃO.....
3 comentários:
O medo, injustificado ou não faz parte da vida.
Há os temerários que não receiam até quando deviam, há os cobardes mediocres que nada arriscam, há os irresponsáveis, os inimputáveis e os malucos.
Há os que venceram por ter medo e não arriscar.
Há os que perderam por ter medo e não arriscar.
Há os que venceram por não ter medo e arriscar.
Há os que perderam por não ter medo e arriscar.
Enfim, esse sentimento que nos faz ser prudentes e cobardes...
Quem nunca o sentiu?
às vezes o receio, ou noutra palavra, a ansiedade é capaz de nos sufocar...
e às vezes essa falta de oxigénio mata o amor...
será que foi isso???
vivemos de receios infundados, muitas vezes...
e perdemo-nos nesses mesmos receios em vez de aproveitarmos mais o que as vida nos dá...
:(
A eterna inconstância do ser que nos faz desejar e simultaneamente evitar a realidade...
Tinha saudades de passar por aqui.
Abraço, com SOL :)
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