Os sinos não param..
Há flores e velas nas ruas,
sepulturas serão decoradas com elas,
desbotadas em alguns dias de chuva, como os corpos prostrados.
Como é triste a morte
quase tanto como a vida,
mas, afinal, existe memória...
Só o velho sabe o poder do tempo
de uma vida ligada à morte,
as crianças brincam a ser adultos,
adultos que desejam regressar à sua infância.
A vida acaba entre sombras
ao som do cheiro a sangue,
alimentando a Senhora morte,
exterminado a vida eterna,
a luz,
as trevas,
a raça humana...
Mostraste ao mundo como saber viver,
agora gritas ao vento, que também sabes morrer.
2 comentários:
Seu poema é fúnebre, mas é real.Temos uma afobia a morte, como se ela fosse o fim em si mesma...
Não conhecia este teu poema...gostei muito!
Beijo
Sónia
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