20/06/2011

Quem sou?

A minha escuridão grita teu nome
para que o mundo todo oiça o meu apelo
esta chamada que consume lentamente a minha alma
... até tu apareceres... antes de eu morrer ...
    à minha frente ...
    e poder acariciar uma última vez o teu rosto
    e finalmente deixar o meu cheiro em ti ...

    Deixa a tua memória habitar na minha memória
    impede o enegrecimento da minha essência triste
    purifica a minha alma do corpo
    com o teu sorriso ...

    Como é difícil andar pelo fogo
    nesta sentença
    de esquecimento,
    noite eterna para derreter
    sob o disfarce de uma viagem sem volta...
    Eu sei o que é sentir
    a carícia do vento
    em simbiose
    nos campos verdes,

o que me distrai,
    querendo fazer um arco-íris dos meus olhos
    ... Eu sei que a música vazou
    evocando delírios,
    zarpou na tempestade
    deixando o sentido à deriva...

    Eu sei ... o que é a insónia,
    percorrer o céu para te conseguir
    o brilho de uma estrela.
    O barulho (dos meus passos)
    que ecoam em teu nome,
    Chuva violenta testemunhou,
    Espelhando-me nela...
    Conforto...

    Eu sei...

Ou não..
    O copo acalma
    ao beber no teu mar...
    Eu sei
    (conheces-me), afundando-me no teu sangue lentamente!...

Descobrindo quem sou.

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