17/07/2011

Gaivota...

É nas asas deste pássaro,
Que respiro as minhas paisagens,
Vagueio as minhas prisões,
Sacudo as poeiras da minha pele,
E descubro o cheiro de novas estações…
É no balançar daquelas asas,
Num grito de liberdade apaixonante,
Que levanto voo ao encontro dos sonhos,
Que percorro as sombras dos meus passos,
E que caminho num leve planar, 
Outros céus azuis ...
É no vento daquelas asas,
Que aprendo a sorrir,
Como os raios de sol,
Quando deixo no lugar onde parti,
Os restos da dor que já não sinto,
E raso com fúria nas ondas do mar,
O peito de novas esperanças...
É no estar daquele ser,
Que volto a descobrir o crispar da vida,
E num ir sem regresso,
Em cada flor que pouso,
Nasce aqui e acolá o que planto,
Neste jardim que é o meu peito,
Terra que acolhe um amanhã,
Num quadro repleto de cor...
E é no bater das suas asas,
Que me entrego num ir,
...

Alexandra Cadete

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