Depois de ti Edvard ninguém
Mesmo ninguém pode voltar a Gritar...
Pela loucura das tuas cores esmagaste
Totalmente os gritos posteriores Pariste
Definitivamente pelo Grito Todos
Mas todos os Ais profundos e enormes
Que se alojam na alma do Ser...
Puseste lá o gesto e o feitio exactos
A abertura milimétrica
de uma boca dolorosamente contorcida
Desfiguraste o rosto perdido
alongaste o crânio cadavérico
beijando a Morte
Como se a Dor fosse resultado
de duas mãos enormes a esmagar...
Não contente ainda distorceste angustiaste
O caminho longilíneo e ondulante irmão de um fiorde
De águas irreais à superfície cheirando a loucura
Duas figuras mais puseste um barco meio perdido e
O esboço de uma Povoação ainda
Assim num abraço constrangente de paisagem calaste
Calaste para sempre todo o Grito
Esgotaste em absoluto a essência
Da Dor Espelhaste e esvaziaste a nossa Alma...
No Grito foste Deus...
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