15/12/2009

Fantasmas da noite


Olhem as cicatrizes da minha cidade, 
 atacadas sobre o peito nu entre as ruas
 de  feridas ainda bem abertas. 
Sustentam as almas corrompidas 
que bebem desde os passeios 
o licor das estrelas.
Os sonhos dourados escorrem, 
entre os tijolos ensonados,
paredes e luzes de cal 
que dançam sobre o tripé, 
 indiscreto, 
subterrâneo. 
Ignoram a silhueta aferrada 
e ferrugenta do sentimento,
na  sua última tentativa, 
de capturar os fantasmas da noite.

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