Recorda-me quando tenha desaparecido
para a Longe Terra Silenciosa;
Quando a minha mão nunca mais possas tocar,
Duvido em partir,
mas quero permanecer.
Recorda-me quando se acabe o quotidiano,
Onde revelavas-te quem és:
Só recorda-me...
Quando seja tarde para rezas ou consolos.
E ainda que devas esquecer-me por um momento
Para depois evocar-me...
não o lamentes...
Pois a escuridão e a pena deixam
Um vestígio dos pensamentos que tive:
É melhor o esquecimento com teu sorriso
Que a tristeza afogada na tua lembrança.
Nossa é a vergonha e a dor
Mas a desgraça é só minha;
Teu amor foi escuro e profundo,
O meu foi como o amor do sol pelas flores
Que as cria com o seu brilho.
Como uma janela pintada...
Refinado Sofrimento arde através da tua carne,
Despe-a e abençoa-a com a trémula
Doçura da sabedoria: porque agora,
Quem se enchera de novo de ti?
O teu corpo encolheu-se no meu pulso,
E minha coragem fracassou ao tentar dar-te
A última e bela ternura que merecias.
Nunca chores por um Amor morto,
Já que rara vez o Amor é verdadeiro.
Como dizes tu...
Ele só muda as suas roupas.
Nunca lamentes aquilo que não pode ser,
Pois este Deus não presenteia dons.
Se este pobre sonho de amor vencesse,
Então, querida,
estaríamos no Céu.
Mas aqui só há campos mortos,
Onde o verdadeiro amor jamais é verdadeiro...
Ou assim o cultivamos.
Quem se enchera de novo de ti?
3 comentários:
Inteiramente de acordo, amor morto além de poder nunca ter sido verdadeiro já morreu, melhor partir para amor vivo!
Muito bom, mesmo.
Não acredito que hoje ainda haja amor verdadeiro, e quando há, se é que há, ele é sufocado pela sociedade, que segue ridículos dogmas pragmáticos.
Muito bom, mesmo.
Não acredito que hoje ainda haja amor verdadeiro, e quando há, se é que há, ele é sufocado pela sociedade, que segue ridículos dogmas pragmáticos.
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