Afundado na minha escritura
cantas no meu poema.
Refém da tua doce voz
petrificada na minha memória.
A tua voz encheu o espaço,
e não há instrumentos em teu canto,
a tua voz desenhou signos no vento
que me sussurraram poesias.
Tu és mais que tudo,
mais que a verdade,
mais que o vento,
mais que a água,
mais que o fogo,
mais que o ouro,
o poder e os governos,
mais que a liberdade,
mais que a razão,
mais que os contos
sobre o bem e o mal.
Num mundo que te fechou os caminhos
tu abriste as portas do meu coração,
com as tuas mãos de amor,
semeaste a poesia novamente em mim.
O que é tua voz?
É o mundo dos sonhos
que se faz real
e chamou o brilho da fantasia
nesta minha vida apagada...
E algum dia essa voz será a minha música,
suave ,
plena e pura através da tua boca,
as tuas palavras evocarão a minha única literatura....
E já é tentação, a minha delícia e perdição.
Isso é para minha tua voz...
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