Noites longas, dias escuros,
dor que invade, que causa murmúrios,
no corpo ou na alma, é um fardo pesado,
que me faz sentir solitário e isolado.
A dor da alma pode me cegar,
a dor física incapacitar,
mas quando ambas se encontram,
o sofrimento é algo difícil de suportar.
A dor física, a dor da alma,
ambas dilacerantes como uma lâmina,
a primeira, aguda e continua,
a segunda, dominante e penetrante.
Sinto em mim um vazio profundo,
uma falta que não sei explicar,
um abismo escuro e sem fundo,
que me consome e me faz sufocar.
Procuro desesperadamente um alento,
uma luz que me guie para fora da escuridão,
mas o vazio é tão grande e violento,
que me sinto cada vez mais perdido nesta imensidão.
A depressão é como uma tempestade,
que me faz sentir fraco e sem luz.
mas a esperança é a brisa suave,
e espero que me guie para fora desse cruz.