Mordo as canetas com que escrevo,
saboreio amargamente o copo pelo
que bebo,
esqueço-me de tudo e de todos,
vagueio a sós
em recantos que nos pertencem
só a nós,
reencontro a minha sombra,
aqui sentado, encostado,
a qual me assombra,
assusta
e arrepia,
fria como sempre
fiel companheira,
eternamente me vigia.
Visita-me
e em mim suscita,
raiva,
prepotência,
violência na escrita,
a fim de entender
o que nas minhas veias corre,
devagar,
devagarinho,
e no final
a sombra
novamente me deixa
sozinho.
E a amargura do copo
e as canetas mordidas,
são postas de parte
e simplesmente esquecidas.
4 comentários:
Oi Jonh,
A solidão devora.
Beijo meu
excelente
excelente
Excelente
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